Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 5 de 5
Filtrar
1.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 17(44): 3052, 20220304. ilus
Artigo em Inglês | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-1379763

RESUMO

Hipertensão arterial leve é uma condição assintomática caracterizada por pressão arterial entre 14/9 e 16/10 mmHG e baixo risco de problemas cardiovasculares. É a condição de aproximadamente dois terços das pessoas diagnosticadas com alguma forma de hipertensão. A melhor evidência disponível não apoia o tratamento farmacológico desse grupo para a redução de mortalidade cardiovascular. Além disso, a sobredetecção de hipertensão ocorre e essa prática é apoiada por campanhas de conscientização ao público, rastreamento, acesso fácil ao teste e má prática clínica, que aumentam potencialmente o sobrediagnóstico. Poucas pesquisas qualitativas orientadas para os pacientes mostram que diagnosticar hipertensão pode ter também consequências negativas. Diante disso, são necessárias evidências sobre o potencial de efeitos psicossociais não esperados no diagnóstico de hipertensão. Objetivo: Investigar se o diagnóstico de pessoas de baixo risco com hipertensão leve tem consequências psicossociais indesejadas. Métodos: Onze entrevistas semiestruturadas e quatro grupos focais foram conduzidos em São Paulo, Brasil, com pessoas que relataram hipertensão arterial leve, sem comorbidades, com ou sem uso de medicação. Informantes foram selecionados da população geral por meio de lista de pacientes de unidades de atenção primária e também recrutados por redes sociais. Os participantes tiveram variedade em termos de sexo, idade, nível educacional, cor de pele e tempo de diagnóstico. Os dados foram submetidos à análise qualitativa de conteúdo temático por três dos autores independentemente, o que foi seguido de discussões para gerar categorias e temas. Resultados: os informantes confirmaram que o diagnóstico de hipertensão foi tomado como um rótulo para reações psicossomáticas ao estresse, medicalizou situações difíceis e causadoras de estresse, nomeando-as como doença, e foi um marco biográfico. Nós observamos consequências não intencionais do diagnóstico em uma ampla gama de dimensões psicossociais, por exemplo, medo de morte, doença e envelhecimento; pressão e controle por parte de pessoas próximas; e culpa, vergonha e ansiedade em relação ao trabalho e ao lazer. Apesar das diferentes características dos informantes, todos compartilharam histórias e sentimentos semelhantes relacionados ao rótulo. Conclusão: O diagnóstico de hipertensão é um evento significativo que afeta o dia a dia. A maior parte do impacto é considerada como consequências psicossocias negativas; porém, às vezes, o impacto pode ser ambíguo ou mesmo positivo. Os modelos explanatórios das pessoas são elementos-chave para entender e abordar as consequências psicossociais do diagnóstico, e profissionais de saúde e formuladores de políticas públicas devem estar atentos a esses potenciais consequências negativas na avaliação de risco/benefício das estratégias de diagnóstico desses casos.


Introduction: Mild hypertension is a common asymptomatic condition present in people at low risk of future cardiovascular events. These people represent approximately two-thirds of those diagnosed with hypertension. The best available evidence does not support pharmacological treatment for mild hypertension to reduce cardiovascular mortality. Additionally, overdetection of hypertension also occurs, and this practice is supported by public awareness campaigns, screening, easy access to testing, and poor clinical practice, enhancing the overdiagnosis potential. Moreover, sparse qualitative patient-oriented evidence that diagnosing hypertension has harmful consequences is observed. Therefore, evidence regarding the potential for unintended psychosocial effects of diagnosing mild hypertension is required. Objective: The aim of this study was to investigate if diagnosing low-risk people with mild hypertension has unintended psychosocial consequences. Methods: Eleven semi-structured single interviews and four focus groups were conducted in São Paulo, Brazil, among people diagnosed with mild hypertension without comorbidities. Informants were selected among the general population from a list of patients, a primary healthcare clinic, or a social network. The informants had a broad range of characteristics, including sex, age, education level, race/skin colour, and time from diagnosis. Data were subjected to qualitative thematic content analysis by three of the authors independently, followed by discussions, to generate categories and themes. Results: The informants confirmed that the hypertension diagnosis was a label for psychosomatic reactions to stress, medicalised illness experiences, and set a biographical milestone. We observed unintended consequences of the diagnosis in a broad range of psychosocial dimensions, for example, fear of death, disabilities, or ageing; pressure and control from significant others; and guilt, shame, and anxiety regarding work and leisure. Although informants had a broad range of characteristics, they shared similar stories, understandings, and labelling effects of the diagnosis. Conclusion: The diagnosis of hypertension is a significant event and affects daily life. Most of the impact is regarded as negative psychosocial consequences or harm; however, sometimes the impact might be ambiguous. Patients' explanatory models are key elements in understanding and changing the psychosocial consequences of the diagnosis, and healthcare providers must be aware of explanatory models and psychosocial consequences when evaluating blood pressure elevations.


Introducción: La hipertensión leve es una condición asintomática común presente en personas con bajo riesgo de eventos cardiovasculares futuros. Estas personas representan aproximadamente dos tercios de las personas diagnosticadas con hipertensión. La mejor evidencia disponible no respalda el tratamiento farmacológico de la hipertensión leve para reducir la mortalidad cardiovascular. Además, también se produce la sobre detección de hipertensión, y esta práctica está respaldada por campañas de concienciación pública, cribados, fácil acceso a las pruebas y mala práctica clínica, lo que aumenta el potencial de sobrediagnóstico. Además, se observa escasa evidencia cualitativa orientada al paciente de que el diagnóstico de hipertensión tiene consecuencias nocivas. Por lo tanto, se requiere evidencia con respecto al potencial de efectos psicosociales no deseados del diagnóstico de hipertensión leve. Objetivo: investigar si el diagnóstico de personas de bajo riesgo con hipertensión leve tiene consecuencias psicosociales no deseadas. Métodos: Se realizaron once entrevistas semiestructuradas y cuatro grupos focales en São Paulo, Brasil, entre personas diagnosticadas con hipertensión leve sin comorbilidades. Los informantes fueron seleccionados entre la población general de una lista de pacientes, de una clínica de atención primaria o de una red social. Los informantes tenían una amplia gama de características que incluían sexo, edad, nivel de educación, origen étnico, color de piel y tiempo desde el diagnóstico. Los datos fueron sometidos a un análisis de contenido temático cualitativo por tres de los autores de forma independiente, seguido de discusiones, para generar categorías y temas. Resultados: Los informantes confirmaron que el diagnóstico de hipertensión era una etiqueta para reacciones psicosomáticas al estrés, experiencias de enfermedad medicalizadas y marcaba un hito biográfico. Observamos consecuencias no deseadas del diagnóstico en una amplia gama de dimensiones psicosociales, por ejemplo, miedo a la muerte, discapacidades o envejecimiento; presión y control de otras personas significativas y culpa, vergüenza y ansiedad en relación con el trabajo y el ocio. Aunque los informantes tenían una amplia gama de características, compartían histórias, entendimientos y efectos de etiquetado similares del diagnóstico. Conclusión: el diagnóstico de hipertensión es un evento significativo y afecta la vida diaria. La mayor parte del impacto se considera como consecuencias o daños psicosociales negativos; sin embargo, a veces el impacto puede ser ambiguo. Los modelos explicativos de los pacientes son elementos clave para comprender y cambiar las consecuencias psicosociales del diagnóstico, y los proveedores de atención médica deben conocer los modelos explicativos y las consecuencias psicosociales al evaluar las elevaciones de la presión arterial, comunicarse y tratar.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Sobremedicalização , Modelos Biopsicossociais , Hipertensão , Pesquisa Qualitativa , Erros de Diagnóstico
2.
J Patient Rep Outcomes ; 4(1): 2, 2019 Dec 31.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31893320

RESUMO

BACKGROUND: Hypertension is the most prevalent risk factor for cardiovascular disease globally. Roughly one-third of the adult population has hypertension. However, most people diagnosed with hypertension do not benefit from blood pressure control with pharmacologic interventions: they are overdiagnosed and overtreated and might experience negative psychosocial consequences of being labelled. These consequences are relevant outcomes that need to be assessed and validly measured to identify all benefits and harms related to interventions designed to prevent cardiovascular disease. OBJECTIVES: To develop a pool of items with high content validity for a draft version of a condition-specific questionnaire to measure the psychosocial consequences of being labelled with mild hypertension. METHODS: We selected relevant items from existing Consequences of Screening (COS) questionnaires. These items belonged to two groups: COS core items and potential condition-specific items. All items were originally in Danish and were translated into Brazilian Portuguese using the dual-panel method. Individual and group interviews were conducted with people with mild hypertension and low risk for cardiovascular disease, and were designed to test the translated items for face and content validity and were also used to generate new relevant items. Structured individual interviews were conducted to categorise all the items into domains. RESULTS: The Brazilian Portuguese dual-panel translation of both groups of items was found to be relevant for adults diagnosed with hypertension. We generated 52 new items to achieve high content validity. The result was a set of 132 items divided into 22 domains in 2 parts. Part I was directed at the general population, whereas part II was directed only at people diagnosed with hypertension and it consisted of 38 items in 8 domains. Twelve items remained as single items. High content validity was achieved with the pool of 132 items divided into 22 domains in 2 parts. DISCUSSION: High content validity was achieved for a condition-specific questionnaire measuring the psychosocial consequences of being labelled with mild hypertension. This instrument encompassed 132 items divided into 22 domains in 2 parts. Thereby, a draft of the Consequneces of Hypertension questionnaire (COH) was developed. The psychometric properties of this questionnaire will be discussed in a diferent paper.

3.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-16, jan.-dez. 2018. ilus
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-969184

RESUMO

Objetivo: Apresentar os passos adotados para a construção de um currículo de competências dentro do programa de residência em medicina de família da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; descrever características e diretrizes fundamentais do currículo de competências relacionadas aos seus três atributos centrais: ferramentas de aprendizado, metodologias docentes e processos avaliativos; e, por fim, descrever comparações do uso de instrumentos de avaliação pelo nosso programa de residência e outras experiências na literatura. Métodos: Levantamento e análise das principais experiências internacionais em treinamento de médicos de família; realização de uma série de oficinas e workshops; criação de grupos de trabalho com áreas, temas e responsabilidades específicas para estudo, apresentação e definição coletiva. Resultados: Elaboração de um currículo de competências apoiado em um modelo quintidimensional de competências. Conclusão: O estabelecimento de um currículo baseado em competências é vital para organizar o programa de residência. O uso de referenciais internacionais, nacionais e a contribuição das pessoas envolvidas no programa de residência favorecem a organização das competências ao mesmo tempo em que se respeitam as singularidades do programa de residência. Desafios são encontrados para aplicar o currículo na prática do dia-a-dia.


Objective: To present the steps taken to build a competency curriculum in family medicine residency program of the within the Medical School of the University of São Paulo; to describe fundamental characteristics and guidelines of the competency curriculum related to its three central attributes: learning tools, teaching methodologies and evaluation processes; and finally, to describe comparisons of the use of evaluation instruments by our residency program and other experiences in the literature. Methods: Review and analysis of the main international experiences in training of family physicians; conducting a series of workshops and creation of working groups with specific areas, themes and responsibilities for study, presentation and collective definition. Results: Elaboration of a competency curriculum based on a five-dimensional competence model. Conclusion: Establishing a competency-based curriculum is vital to in the organization of the residency program. The use of international and national references and the contribution of the people involved in the residence program favor the organization of competences while respecting the singularities of the residency program. Challenges are encountered in implementing the curriculum in the practice of the day.


Objetivo: Presentar los pasos adoptados para la construcción de un currículo de competencias dentro del programa de residencia en medicina de familia de la Facultad de Medicina de la Universidad de São Paulo; describir características y directrices fundamentales del currículo de competencias relacionadas a sus 3 atributos centrales: herramientas de aprendizaje, metodologías docentes y procesos de evaluación; y por último, describir comparaciones del uso de instrumentos de evaluación por nuestro programa de residencia y otras experiencias en la literatura. Métodos: Levantamiento y análisis de las principales experiencias internacionales en capacitación de médicos de familia; realización de una serie de talleres; creación de grupos de trabajo con áreas, temas y responsabilidades específicas para estudio, presentación y definición colectiva. Resultados: Elaboración de un currículo de competencias apoyado en un modelo de cinco dimensiones de competencias. Conclusión: El establecimiento de un currículo basado en competencias es vital para organizar el programa de residencia. El uso de referencias internacionales, nacionales y la contribución de las personas implicadas en el programa de residencia favorecen la organización de las competencias mientras se respetan las singularidades del programa de residencia. Los desafíos se encuentran para aplicar el currículo en la práctica del día a día.


Assuntos
Educação Baseada em Competências , Medicina de Família e Comunidade , Internato e Residência
4.
In. Lopes, Ademar; Chammas, Roger; Iyeyasu, Hirofumi. Oncologia para a graduação. São Paulo, Lemar, 3; 2013. p.158-166, tab. (Oncologia para a graduação).
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-691991
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA